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Bom Gosto e Parmalat confirmam investimentos no Rio Grande do Sul

Cenário de crise não impede que empresas mantenham projetosPelo menos metade dos projetos industriais do setor lácteo previstos para o Rio Grande do Sul está mantida, apesar da cautela na análise de novos investimentos. Laticínios Bom Gosto e Parmalat confirmaram que irão ampliar a presença no Estado.

Italac e Perdigão não se pronunciaram sobre os próximos meses. Os quatro empreendimentos, previstos para entrar em operação no segundo semestre de 2009, somam R$ 198 milhões e aumentarão a captação de leite em 2,8 milhões de litros ao dia quando as fábricas estiverem a pleno vapor.

A Laticínios Bom Gosto deve inaugurar a unidade de processamento de leite em pó no município de Tapejara, em março. Segundo Wilson Zanatta, presidente da empresa, outros projetos, como a planta no Uruguai, também estão de pé.

Para Marcelo de Carvalho, diretor executivo da consultoria Agripoint, a manutenção dos investimentos é um sinal de que o setor aposta na continuidade do crescimento de consumo em países emergentes, embora em menor proporção.

Produtor está apreensivo com a queda de preço

Segundo Carvalho, a turbulência restringe o consumo, mas, por outro lado, permite às empresas compensar a desaceleração de preço externo com a elevação do dólar. O valor da tonelada do leite em pó caiu de US$ 5 mil para US$ 3 mil nos últimos 90 dias, devido à recuperação da oferta global, estimulada por preços mais altos no último ano, e certo enfraquecimento da demanda.

A instabilidade pode agravar a situação de empresas com saúde financeira debilitada. É o caso da Parmalat, que apesar de garantir o investimento no Rio Grande do Sul, mostra sintomas da crise enfrentada por sua controladora, a Laep Investments, cujas ações perderam valor na Bovespa. A transferência da data de pagamento do leite, do dia 15 para 20 de cada mês, a partir de outubro, não é um bom indicativo, na avaliação de Ernesto Krug, presidente da Associação Gaúcha de Laticinistas.

Produtores que fornecem à unidade em Carazinho estudam vender matéria-prima a outras empresas com medo de não receberem. A Parmalat, responsável pela captação de até 20% da produção diária de 9 milhões de litros ao dia no Estado, já teria reduzido a coleta no país depois de suspender operações em Rondônia. A empresa não se pronuncia sobre o assunto.

Esse clima de insegurança é negativo para o campo, onde o preço ao produtor, desde julho, registrou queda acumulada de 40%. Apesar do valor médio de R$ 0,50 por litro, o preço está abaixo de R$ 0,30 em regiões onde a concorrência industrial é maior. Apreensivos, produtores pretendem suspender a entrega por dois dias em protesto também às diferenças de tabelas. Entre os principais motivos está a superoferta e a recuperação de estoques das indústrias.

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