Agronegócio

BR-163: tráfego é normalizado e 8 mil carretas já saíram de MT

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), motoristas ficaram proibidos de ultrapassar o ponto no estado durante cinco dias

Br-163, atoleiros
Foto: PRF/ Divulgação

Cerca de 8.000 caminhões que estavam parados nas cidades de Guarantã do Norte, Matupá, Peixoto de Azevedo e Sinop, em Mato Grosso, já atravessaram o bloqueio feito pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na divisa do estado com o Pará. O objetivo da restrição do tráfego era evitar que mais carretas subissem pela rodovia até o Porto de Miritituba já que durante os últimos dias atoleiros se formaram por conta das fortes chuvas.

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), motoristas ficaram proibidos de ultrapassar o ponto em Mato Grosso por cinco dias. A previsão era que a liberação acontecesse nesta sexta-feira, 8, mas a data foi antecipada para 10 horas da quinta, 7.

O tráfego de caminhões que já estavam na BR-163 no Pará foi liberado tanto para quem retornava do Porto de Miritituba quanto para aqueles que seguiam em direção ao Arco Norte. Também houve antecipação de um dia na data prevista.

A BR-163, uma das principais rodovias de escoamento da soja pelo Norte do país, foi prejudicada por fortes chuvas que atingiram a região. Como alguns trechos não são asfaltados, atoleiros se formaram e caminhões ficaram parados por mais de dez dias, alguns inclusive passaram fome e tiveram que beber água da chuva. O fato, inclusive, virou notícia na imprensa internacional.

O Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, prometeu durante uma entrevista exclusiva ao Canal Rural que vai destinar R$ 200 milhões para o asfaltamento da via. A expectativa da pasta é que em 2020 a rodovia seja concedida à iniciativa privada.

Nova call to action

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove), cerca de 310 mil toneladas de soja deixaram de ser embarcadas. O volume de grãos corresponderia a um valor de R$ 42 milhões. Já a Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec) estimou que a paralisação causou um prejuízo de, no mínimo, R$ 2 bilhões.

O Movimento Pró-Logística também estimou prejuízos. De acordo com a entidade, os impactos chegaram a R$ 600 milhões.

Miguel Daoud: atoleiros na BR-163 estão longe de ser resolvidos