Assim como no Brasil, com o avanço da colheita no Paraguai vai escancarando o tamanho dos prejuízos causados pelo clima na cultura da soja. Por lá, a expectativa de uma entidade que levanta dados sobre agricultura, a Unión de Gremios de la Producción del Paraguay (UGP), prevê uma colheita inferior na casa de 8 milhões de toneladas, quase 23% a menos que a safra do ano passado. Um brasiguaio mostrou fotos de sua soja podre, que rendeu apenas 33 sacas por hectare na média.
Inicialmente o Paraguai esperava colher 10,3 milhões de toneladas, mas essa expectativa foi diminuindo e agora gira em torno de 8 milhões de toneladas. “Os dados ainda não estão fechados, mas acredito que colheremos no máximo 8 milhões de toneladas”, afirma o presidente da entidade, Héctor Cristaldo.
Os números apresentados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), são parecidos com os estimados pela entidade paraguaia, e reportam números de 8,8 milhões no ano. A colheita mal foi contabilizada e o USDA já estimou que na próxima safra 2019/2020 será de 10 milhões de toneladas.
Produtor colhe apenas 33 sacas
Na fazenda do brasiguaio Eugênio Sefstron, no município de Caazapa, alguns talhões chegaram a ficar mais de 20 dias sem receber uma gota d’água sequer, sob temperaturas acima de 42°C, durante a safra. Nem é preciso terminar a história para deduzir o que aconteceu com as plantas de soja.
“Esse ano foi bem ruim. Perdemos completamente 70 hectares. então a média que tive nos meus 950 hectares foi de 33 sacas por hectare. Difícil até para pagar os custos”, afirma Sefstron.