? O Basic era um espaço de negociação política e diplomática. Agora, a gente vai lançar a linha da cooperação, sobretudo, entre o Basic e os países em desenvolvimento ? ressaltou Minc.
O grupo também pretende apoiar parcerias de assistência técnica para o uso adequado das novas tecnologias para adaptação e mitigação. Os países do Basic têm ajudado várias nações mais pobres.
O grupo também apoiou a proposta do Brasil de criação de um fundo do Basic de ajuda às nações pobres em ações de adaptação às mudanças climáticas. Segundo Minc, os valores do fundo serão fechados pelos presidentes e primeiros ministros dos países do Basic.
O Basic já fechou três reuniões do grupo para este ano. A próxima reunião está marcada para a última semana de abril, na África do Sul. O grupo vai também vai se reunir com os outros países do G77 – bloco dos países em desenvolvimento – para passar os pontos acertados.
? O Basic funciona como um motor de arranque. Ele sozinho não faz o carro pra andar. Então, a idéia é fortalecer o G77 ? explicou Minc, sobre a importância do G77 para a criação de um novo acordo climático global.
O ministro Carlos Minc disse que os quatro países do grupo irão se reunir com representantes dos Estados Unidos, União Européia e outros grupos mundiais para afinar os detalhes sobre acordos climáticos. O grupo também se reunirá com os representantes do México, que sediará a COP16, para que não aconteça a mesma falta de coordenação que aconteceu na COP15. Para ele, a Dinamarca teve uma direção frouxa, o que deixou vários países, principalmente os que sofreram com os efeitos da alteração do clima, sem serem ouvidos.
Os países do Basic também se comprometeram a assinar, até o dia 31 de janeiro, as metas de redução voluntárias de emissão de gases de efeito estufa apresentadas em Copenhague. A assinatura do chamado Acordo de Copenhague acontecerá no mesmo dia, nos quatro países. A meta brasileira é de reduzir a emissão entre 36% e 39%, até 2020.
O Basic cobrou das nações ricas os US$ 10 bilhões acordados para ações de adaptação e mitigação dos países em desenvolvimento. Tal valor faz parte do compromisso das nações mais ricas de direcionar US$ 30 bilhões, até 2012, para adaptação e mitigação às mudanças climáticas dos países pobres.