Segundo ela, ainda existem localidades no país onde não há merendeiras para atender os alunos nas escolas. Há estabelecimentos que também não contam com o fornecimento de energia elétrica e de instalações para armazenamento, o que traz dificuldades para o maior sucesso do programa.
De acordo com Albaneide Campos, há oito anos o Pnae gastava com alimentação escolar R$ 954 milhões e a conta hoje é de R$ 3 bilhões por ano, no atendimento a 47 milhões de alunos. Ela afirmou que a alimentação escolar “é uma questão de saúde e também de educação, pois o estudante começa a entender a importância de cada alimento para a sua saúde”.
Do total de recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), 30%, no mínimo, têm que ser empregados na aquisição de alimentos da agricultura familiar ou do Programa Empreendedor Rural Familiar, informou a coordenadora.
O secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Adoniran Sanches, afirmou que os programas sociais e o Programa de Aquisição de Alimentos do Governo (PAA) contribuem para gerar “ciclos de consumo que elevam o padrão de vida das populações mais pobres”. Para ele, a pobreza rural no Brasil deverá estar reduzida até 2012 acima das previsões da Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo Sanches, 150 mil famílias que produzem no sistema de agricultura familiar fornecem alimentos para o PAA. O programa, conforme o secretário, “funciona de forma ampla, como ferramenta estratégica para a redução da pobreza, leva à consolidação econômica das famílias rurais, estimulando também o hábito de consumir alimentos saudáveis. A participação do governo no sistema de compras de alimentos evita o aumento de custos pela ação de atravessadores”.
Os representantes estrangeiros estão reunidos no Centro de Convenções Brasil 21, na preparação da 14ª Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar no Mercosul que vai ser aberta nesta quinta, dia 18.