Desde outubro de 2008, os argentinos postergam a liberação das licenças para os produtos brasileiros. A situação se agravou no mês passado, quando o Brasil passou a impor barreiras na concessão de autorização para as mercadorias argentinas.
A lista de produtos afetados pelo impasse envolve aproximadamente 15 itens. No caso dos brasileiros são autopeças, freios e baterias para veículos. Já os argentinos, envolvem produtos alimentares e grãos.
O impasse foi o principal tema de reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, realizada nesta quarta. Segundo o ministro, a intenção dos dois presidentes é acelerar a liberação das autorizações beneficiando ambos os lados.
? Certamente haverá um espaço grande para resolver isso. O prazo de 60 dias vale para os dois países ? afirmou Miguel Jorge depois da reunião bilateral entre os presidentes e técnicos dos dois governos.
A partir de janeiro, a cada 45 dias, os ministros da Fazenda, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, além de Relações Exteriores, de ambos os países, se reunirão para buscar soluções. Eles vão formar um grupo de estudo para buscar uma solução para o problema. Já os presidentes do Brasil e da Argentina vão conversar sobre relações comerciais a cada 90 dias.