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CRESCIMENTO

Brasil bate recorde de exportação de café com 50 milhões de sacas em 2024

Desempenho histórico foi impulsionado por altas no café arábica e canéfora, apesar dos gargalos logísticos nos portos brasileiros

café, paraná
Foto: Gabriel Rosa/AEN

O Brasil atingiu um marco histórico em 2024, com a exportação de 50,443 milhões de sacas de café para 116 países, representando um aumento de 28,5% em relação a 2023 e superando o recorde anterior de 2020 em 12,8%. Segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o desempenho foi impulsionado pelos embarques de café arábica (+20%) e canéfora (+98%).

Volume e receita

No acumulado da safra 2024/25, de julho a dezembro, foram exportadas 26,049 milhões de sacas, gerando receita de US$ 7,165 bilhões – a maior para o período na história do setor. Apesar de uma queda de 8,1% no volume exportado em dezembro, a receita cambial alcançou US$ 1,145 bilhão, um salto de 42,2% em relação ao mesmo mês de 2023.

Os cafés diferenciados, com qualidade superior ou certificados de práticas sustentáveis, contribuíram significativamente, representando 18,1% das exportações, totalizando 9,141 milhões de sacas (+31,2%) e gerando receita de US$ 2,535 bilhões (+59,9%).

Destinos principais

Os Estados Unidos lideraram as importações em 2024, com 8,131 milhões de sacas (+34%), seguidos pela Alemanha (7,590 milhões de sacas, +51,3%) e Bélgica (4,348 milhões de sacas, +96,4%). O mercado asiático também registrou crescimento, com a China aumentando suas importações em 364,8%.

Por blocos econômicos, a União Europeia respondeu por 46,8% das exportações, adquirindo 23,612 milhões de sacas (+42,8%). O Tratado de Associação Transpacífico (TPP) e os países árabes também se destacaram, com altas de 37% e 31,5%, respectivamente.

Desafios e prejuízos

Apesar do sucesso, gargalos logísticos nos portos brasileiros causaram atrasos, alterações de escalas e custos extras para exportadores. Entre janeiro e novembro de 2024, 4.895 contêineres com 1,615 milhão de sacas ficaram retidos nos portos, gerando prejuízos estimados em R$ 42,332 milhões para 27 empresas associadas ao Cecafé.

O presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, ressalta que, mesmo com esses desafios, o setor demonstrou resiliência e consolidou o Brasil como líder global em exportações de café. O crescimento no mercado de cafés diferenciados e os embarques recordes reforçam o potencial do país no segmento de qualidade e sustentabilidade.

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