O mês de janeiro de 2024 marca um recorde histórico para as exportações do complexo soja no Brasil. Giovani Ferreira revela números impressionantes para o grão, farelo e óleo de soja. A análise parcial do mês, faltando três dias para o encerramento dos embarques, traz um crescimento notável nas exportações.
No caso do grão de soja, as exportações atingiram a marca de 2,6 milhões de toneladas, um crescimento surpreendente de mais de 200% em comparação com janeiro de 2023, que registrou 830 mil toneladas exportadas. O farelo de soja também apresentou um aumento significativo, passando de 1,4 milhão de toneladas em janeiro de 2023 para 1,9 milhão em janeiro de 2024, representando um crescimento superior a 30%.
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Entretanto, o óleo de soja enfrentou desafios, registrando uma redução drástica de mais de 70%, passando de 210 mil toneladas para 50 mil toneladas no mês. Ferreira explica que essa queda acentuada no óleo de soja está relacionada à retenção da soja pelo produtor, que aguardava uma reação nos preços em Chicago e do dólar, o que não ocorreu.
O câmbio estagnado e a recuperação da safra argentina, com uma oferta 20 milhões de toneladas maior em relação ao ano passado, contribuíram para a pressão de preços. A queda abaixo de $3 por bushel em Chicago e a falta de expectativas de reação cambial levaram os produtores a liberar a soja represada no mercado, temendo uma queda ainda maior nos preços.
Esse cenário se desenha em meio a discussões sobre uma safra menor em 2023-24, prevista para ser inferior à safra anterior. A confirmação desses números e o impacto nas exportações serão mais claros na segunda quinzena de fevereiro, quando haverá avanços nas regiões produtoras, como Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso.
Apesar do recorde nas exportações de soja, os desafios enfrentados pelo complexo soja destacam a volatilidade do mercado e a importância de monitorar as condições globais que afetam a produção e o comércio de commodities agrícolas.