A pesquisadora, que é coordenadora da Divisão de Pesquisa em Biomassa do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN) e uma das coordenadoras da área de biologia da Fundação, conta que o país irá protagonizar um esforço internacional cujo objetivo é decidir quais serão as características da cana-de-açúcar que será usada para a produção de etanol daqui a uma década.
A “cana do futuro” deverá ter alto teor de sacarose, grande resistência à seca e maior quantidade de biomassa. Para possibilitar essas melhorias, no entanto, a ciência ainda terá pela frente um caminho longo e cheio de desafios. Por isso mesmo, segundo Glaucia, será preciso decidir agora “qual cana-de-açúcar queremos utilizar dentro de dez anos”.
Para direcionar essa discussão, será realizado o Workshop BIOEN on Sugarcane Improvement nos dias 18 e 19 de março, na sede da FAPESP, em São Paulo, reunindo alguns dos principais pesquisadores brasileiros e estrangeiros ligados ao tema. Segundo Glaucia, o evento terá a apresentação de novos resultados científicos e debates sobre os caminhos para o melhoramento da cana, que serão consolidados em um documento oficial.