A área total cultivada com café no país, estimada em 2,28 milhões de hectares, é 0,4% ou 8,6 mil hectares inferior à da safra passada, que somou 2,289 milhões de hectares.
A maior redução se dará na produção de café arábica, com queda entre 15,9% e 9,9% (de 5,87 milhões a 3,65 milhões de sacas). Para a produção do robusta (conilon), a previsão aponta desde recuo de 3% a crescimento de 2,6%, ou seja, poderá haver redução de 340,3 mil ou aumento de 291,5 mil sacas. O arábica representa 74,6% da produção do Brasil (de 30,97 milhões a 33,17 milhões de sacas) e o maior produtor é o estado de Minas Gerais, com 66,6% do total (de 20,98 milhões a 22,45 milhões de sacas). Já o robusta participa com 25,4% (de 10,93 a 11,56 milhões de sacas), com destaque para o Espírito Santo, com 67,8% (7,40 a 7,86 milhões de sacas) da produção.
O estudo mostrou também que as chuvas registradas a partir da última semana de setembro nas principais áreas produtoras, sobretudo nas regiões sul e Zona da Mata de Minas Gerais e na maioria das áreas cafeeiras de São Paulo e Paraná, possibilitaram a elevação e a recuperação da umidade do solo. Com isso, houve estímulo para o florescimento. Nas demais regiões, as precipitações foram mais crescentes e intensas em outubro, favorecendo o desenvolvimento das plantas, a indução e a florada.
O levantamento foi realizado por técnicos da Conab e de instituições parceiras, no período de 8 de novembro a 3 de dezembro de 2010. Eles visitaram as áreas de maior produção dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Paraná, Rondônia e Rio de Janeiro.