Das 51 metas nacionais que deveriam ser atingidas até 2010, o país cumpriu duas na totalidade, cinco não foram executadas, e o restante encontra-se em estágios intermediários de cumprimento.
De acordo com o levantamento não houve o cumprimento da meta de recuperar no mínimo 30% dos principais estoques pesqueiros com gestão participativa e controle de capturas.
O país não implementou projetos de proteção ao conhecimento de todas as comunidades tradicionais dos biomas, e nem criou políticas para que os benefícios resultantes do uso comercial dos recursos genéticos dos ecossistemas fossem efetivamente repartidos de forma eqüitativa em prol da conservação da biodiversidade.
O Brasil, segundo a WWF, reduziu 25% no número de focos de calor em cada bioma, e também elaborou uma lista amplamente acessível das espécies brasileiras formalmente descritas de plantas, animais vertebrados, animais invertebrados e microorganismos.
? No campo do conhecimento, de criação de áreas protegidas, de monitoramento, as notícias são boas. Em outros campos, sobre o uso sustentável dos biomas, de se colocar o meio ambiente no centro das decisões políticas, e de se criar uma economia verde, as notícias são ruins ? avaliou o superintendente de conservação do WWF-Brasil, Cláudio Maretti.
Com encerramento dos prazos de 2010, e com as decisões tomadas na conferência de Nagoia (Japão), em outubro do ano passado, ficaram definidas metas mais ambiciosas para o Brasil. O objetivo agora é aumentar para 17% as áreas protegidas até 2020, praticamente o dobro do que o bioma abriga hoje.