Com a demanda interna cada vez maior, o Brasil tem exportado menos etanol. Em 2008, foi registrado um volume recorde de cinco bilhões de litros vendidos para o Exterior. O número caiu para três bilhões no ano passado e, neste ano, a exportação do combustível deve chegar a dois bilhões de litros. Para o diretor-executivo da Ietha, Joseph Sherman a situação pode melhorar a partir do ano que vem.
Reunidos em São Paulo, especialistas do setor concordaram que a demanda pelo combustível limpo está aumentando em todo o mundo e que o Brasil tem potencial para atender boa parte disso. Mas o produto brasileiro enfrenta barreiras em vários mercados, principalmente as relacionadas à sustentabilidade da produção.
Cinco usinas certificadas nos EUA
Uma boa notícia veio dos Estados Unidos nesta semana. Cinco usinas brasileiras foram certificadas pelo governo americano. A medida tem sido considerada um visto de entrada do produto no país e, segundo o diretor da SCA Etanol do Brasil, Renato Bastos, deve ser ampliada.
Na União Europeia, a demanda por biocombustiveis também deve aumentar nos próximos anos. O cálculo é de mais de 14 bilhões de litros até 2020. Mas o assessor da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Única), Luiz Fernando do Amaral, destaca que o nível de exigência dos europeus também é grande.
Outro alvo do Brasil é o Japão. Mas, de acordo com os analistas, convencer os japoneses vai levar tempo, mesmo com um potencial de consumo de 12 bilhões de litros de etanol por ano.