? Este ano foi excepcional porque os preços estavam altos e tornaram o mercado competitivo. O desafio agora, com a baixa dos preços, é aproveitar a perda de competitividade de alguns países e abrir mercado para o Brasil ? afirmou Porto durante avaliação dos resultados do comércio internacional no Brasil realizada nesta terça em São Paulo/SP.
A reunião foi organizada pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI), do Mapa, para avaliar resultados, ouvir exportadores e definir as prioridades do mercado externo. Realizado na Superintendência Federal de Agricultura no Estado de São Paulo (SFA/SP), o encontro definiu estratégias de negociação e ações para ampliar o comércio internacional.
Na avaliação, as exportações brasileiras conseguiram fechar 2008 com saldo positivo. Nos primeiros 11 meses do ano, os valores somaram US$ 67 bilhões, com crescimento de 26,8% em relação ao mesmo período de 2007. O saldo comercial do agronegócio cresceu mais de US$ 10 bilhões, saindo de US$ 45,9 bilhões, no período de janeiro a novembro de 2007, para US$ 56,1 bilhões no acumulado de 2008. Entre os países de destino das exportações brasileiras, o comércio com a China cresceu 72,8%, tornando-se o principal importador brasileiro.
Em relação às especulações com redução de crédito, Célio Porto explicou que houve recuperação no volume de adiantamento de contratos de câmbio concedido pelos bancos aos setores de exportação. O secretário acredita que o setor agrícola será menos afetado que os produtos de bens duráveis.
? Os fatores fundamentais que levaram à alta dos preços dos alimentos, este ano, permanecem. A crise afetou os preços, mas, em longo prazo, eles devem recuperar níveis remuneradores ? ressaltou.
Uma das preocupações do secretário é com os preços dos insumos e defensivos agrícolas em 2009. A SRI pretende propor medidas para reduzir o custo da importação e facilitar o negócio direto entre fornecedores internacionais e compradores brasileiros. A exploração de novas jazidas no Brasil, também será alternativa para reduzir o preço dos insumos.