O que chama a atenção do mercado também é a quebra na safra de laranja da Flórida (EUA), o segundo maior produtor mundial. Mas, de acordo com analistas de mercado, os efeitos dessa produção menor não devem ser sentidos de imediato pela cadeia produtiva.
O cálculo antidumping já foi condenado na Organização Mundial do Comércio (OMC) no caso de outros produtos. Os exportadores brasileiros de suco de laranja dizem que o sistema dificulta o acesso ao mercado e prejudica a rentabilidade dos negócios.
O Brasil é o maior exportador mundial do produto. No ano passado, embarcou para o Exterior 1,2 milhão de toneladas, com faturamento de US$ 1,7 bilhão. Só as vendas para o mercado americano renderam US$ 400 milhões, número que não deve se repetir neste ano, por causa da queda do dólar, da taxa antidumping e do próprio cenário atual do mercado.
Enquanto Brasil e Estados Unidos batalham na OMC, o setor de cítricos enfrenta queda nos preços, altos estoques e aumento da concorrência com outros produtos que chegam ao mercado.
De acordo com analistas, chama a atenção do mercado a possibilidade de quebra da safra americana. A expectativa é de uma redução de até 14% no ciclo 2009/2010, o que significaria deixar de colher mais de 162 milhões de caixas.
Mas os especialistas acreditam que os efeitos dessa produção menor só devem ser sentidos no médio prazo. Nessa terça, os contratos do suco de laranja na bolsa de Nova York fecharam em baixa. No vencimento setembro, queda de 1,45%, a US$ 0, 95 por libra-peso. no vencimento novembro, redução de 1,5%, a US$ 0,98 de dólar por libra-peso.