Após participar de debate sobre mudanças climáticas, Born disse que o Brasil utiliza apenas cerca de 2,5% de seu potencial eólico e que essa matriz precisa ser ampliada, mesmo que no início custe mais caro.
? Existe uma coisa chamada curva de aprendizado. No início custa mais, mas, à medida que vai sendo produzido em larga escala, aquilo se torna mais barato. Foi assim com os aparelhos celulares, com a televisão, com o computador. E o Brasil agora está baixando suas emissões espontaneamente, mas vai chegar a hora que ele vai ser obrigado a fazer isso e é melhor que o país esteja preparado ? explicou.
Segundo Born, a instalação de equipamentos que geram energias alternativas pode ser mais cara, mas o baixo consumo, depois, compensa o preço.
Ao lembrar que as termelétricas têm tido maior participação nos leilões de energia, o ambientalista classificou de hipócrita o argumento comumente usado para justificar o uso das térmicas, o de que faltam licenças ambientais para as usinas hidrelétricas. Ele critica os projetos das hidrelétricas.
? Os projetos para as usinas hidrelétricas são mal feitos, não levam em consideração a questão ambiental e, por isso, têm problemas com as licenças. E depois, você pode complementar com eólica ou fotovoltaica. Não precisa ser térmica ? defendeu.
Born ainda elogiou a iniciativa do governo de baixar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os produtos com baixo consumo de energia. Segundo Born, ações de eficiência no consumo poderiam reduzir em 43% a demanda por energia.
? É de ações como essas que nós precisamos. Não dá para ficar pensando apenas na oferta ? finalizou o ambientalista.