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AGROEXPORT

Brasil deve superar recorde de importação de fertilizantes em 2024

Aumento de área plantada justifica crescimento das aquisições. Enquanto isso, aprovação de lei pode beneficiar fabricação interna nos próximos meses

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Foto: Pixabay

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 699/23, que institui o Programa de Desenvolvimento da Indústria de Fertilizantes (Profert).

O objetivo é que a proposta beneficie a indústria de adubos a partir dos próximos meses e reduza os custos de produção, visto que o aumento da tensão no Oriente Médio levam o Brasil a aumentar as importações dos produtos.

De acordo com as Estatísticas de Comércio Exterio (Comex/Stat), de janeiro até a primeira quinzena de outubro, o país já comprou 35 milhões de toneladas de fertilizantes. Ao longo de todo o ano de 2023, este número foi de 40,9 milhões de toneladas.

Arte: Canal Rural

Segundo o diretor do Canal Rural Sul, Giovani Ferreira, a tendência para 2024 é que o país supere a quantidade de adubo importada do ano passado e, também, ultrapasse o recorde de 2021 (41,55 milhões de toneladas), superando a marca de 42 milhões de toneladas.

Quanto à aquisição da matéria-prima, este ano o país já desembolsou US$ 10,84 bilhões. Em 2023, de janeiro a dezembro, a quantia foi de US$ 14,62 bilhões.

Ferreira atenta para o ano de 2022, quando a guerra entre Rússia e Ucrânia impactou diretamente na oferta de fertilizantes, levando os preços a atingirem a média de US$ 649 por tonelada. Em 2023, já era possível adquirir a tonelada a US$ 357. Neste ano, até o momento, o preço caiu ainda mais, chegando a US$ 309 por tonelada.

Arte: Canal Rural

O diretor lembra que ao mesmo tempo em que a quantia desembolsada pelo adubo reduz, o Brasil necessita cada vez mais do produto, uma vez que deve aumentar a área produtiva de 79,6 milhões de hectares da safra 2023/24 para 81,5 milhões de hectares na temporada 2024/25.

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