Uma fruta pequena, de casca aveludada, rica em vitamina C e sais minerais. A nêspera tem origem asiática e foi justamente do Japão que veio a família do produtor Fernando Ogawa. O trabalho e o cultivo são passados de geração para geração.
Em quatro hectares, a plantação de Fernando tem cerca de 800 pés de nêspera, que rendem aproximadamente 25 toneladas por ano. O que de acordo com o produtor é uma quantidade boa, mas o processo exige muita dedicação. Uma das etapas mais importantes para preservar a qualidade da fruta, chamada de ensacamento, também é uma das mais trabalhosas.
Depois de colhidas, as frutas vão para uma câmara fria, porque são muito sensíveis ao calor. O próximo passo é a seleção, a classificação por tamanho e a embalagem do produto. O maior custo de produção é justamente a mão de obra especializada. Por isso, na propriedade de Fernando, todo mundo põe literalmente a mão na massa. Seus pais, com mais de 70 anos, ainda ajudam.
O custo de produção na propriedade é de R$ 4 o quilo. E o preço de venda chega a R$ 6. Segundo o produtor, as chuvas de abril vieram na hora certa e o friozinho dos meses seguintes ajudou. O resultado foi uma safra 10% maior.
O aumento da produtividade teve um reflexo direto nos preços. E este ano o consumidor está pagando um pouco menos pela nêspera.
De acordo com os comerciantes do Mercado Municipal, a procura é grande. Em um stand são vendidos cerca de 150 quilos da fruta por semana. O problema encontrado é lembrar, ou melhor, saber o nome certo.