Brasil e Egito assinam memorando para facilitar comércio de carnes

Ministro diz que principal interesse do Brasil é importação direta de fertilizantes daquele paísO ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, assinou nesta terça, dia 10, memorando de entendimento para cooperação na área de serviços veterinários com o ministro do Comércio e Indústria do Egito, Rachid Mohamed Rachid. O documento tem como diretriz a colaboração entre os dois países nos campos de exportação, importação e trânsito de animais e seus produtos e subprodutos, com base nas normas da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

? O documento vai facilitar, principalmente, o comércio na área de carnes bovina e de aves ? destacou Stephanes.

O memorando de entendimento entrará em vigor no dia 1º de setembro e será válido por cinco anos, com renovação automática, a menos que uma das partes decida interrompê-lo. Entre os pontos descritos no acordo, Brasil e Egito se comprometem a notificar mutuamente a ocorrência de qualquer doença infecciosa e contagiosa e mudanças de status zoosanitário. Devem, ainda, trocar mensalmente boletins veterinários que identifiquem a condição sanitária de cada país.

Na reunião, Stephanes informou que o principal interesse do Brasil é a importação direta de fertilizantes do Egito por meio de grandes cooperativas. Segundo Rachid, o país árabe tem uma produção significativa de fertilizantes à base de amônia e está aumentando a exploração de minas de fosfato, que são também matéria-prima do produto.

O ministro egípcio manifestou interesse em que empresas brasileiras instalem filiais naquele país.

? Queremos atrair grandes empresas para que sirvam de ‘catalisadoras’. Queremos que as indústrias do Egito sejam incentivadas pelas brasileiras a produzir mais ? afirmou.

Rachid propôs, ainda, a cooperação nos setores de beneficiamento e distribuição nas indústrias de carnes de bovinos e aves, e de tecnologia aplicada à agricultura.  

Exportações

As carnes são os principais produtos da exportação do agronegócio brasileiro para o Egito. De janeiro a julho deste ano, foram comercializadas com aquele mercado 55,3 mil toneladas de carne, principalmente bovina, totalizando US$ 141 milhões. No mesmo período, foram exportadas 46 mil toneladas, com uma receita de US$ 127,5 milhões. 

Já as exportações egípcias para o Brasil somaram, nos sete primeiros meses deste ano, US$ 7,8 milhões. Os principais produtos importados pelo País são as fibras e os produtos têxteis, responsáveis por 1,4 mil toneladas, o equivalente a US$ 4,7 milhões.