Atualmente, o Brasil tem mais de 700 pesquisadores, de cerca de 40 instituições, envolvidos em 74 projetos dos quais fazem parte 355 planos de ações. O Consórcio e o Programa Pesquisa Café, ambos coordenados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), criou um arranjo para melhorar a cadeia cafeeira do Brasil. As pesquisas do Consórcio contam com apoio e financiamento do Fundo da Economia Cafeeira do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
De acordo com o gerente geral da unidade Embrapa Café, Gabriel Bartholo, o Brasil é o único produtor capaz de atender o mercado global em grandes quantidades de cafés especiais.
– A pluralidade dos sabores e aromas dos cafés do Brasil deve ser sua marca mais notável, refletindo a exuberância de sua natureza e diversidade cultural de seu povo. Isso precisa ser mais bem compreendido e explorado para o bem de nossa cafeicultura – defende o professor Flávio Borém, da Universidade Federal de Lavras (Ufla), instituição participante do consórcio.
Dentre as várias definições para o café especial, Borém destaca os atributos sensoriais e os sistemas de produção.
– O café pode ser especial por possuir sabor e aromas únicos, distintos do café comum por ser produzido em sistema orgânico, ser de origem controlada ou até mesmo por se raro e exótico – explica.
Café no Brasil
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil possui hoje uma área plantada de 2,3 milhões de hectares, com cerca de 5,7 bilhões de pés – pouco mais da metade só no Estado de Minas Gerais – e a safra prevista para 2012 é de 50,62 milhões de sacas. São mais de 287 mil produtores que, fazendo parte de associações e cooperativas distribuídas em 15 Estados: Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo.