Azevêdo disse também que, na próxima semana, o diplomata Paulo Estivallet, da área de comércio do Ministério das Relações Exteriores, conversará com os norte-americanos sobre o tema. O embaixador demonstrou otimismo sobre possíveis avanços nas negociações.
– Não vejo possibilidade de encerrar as negociações, enquanto houver engajamento, poderá se avançar. Houve um momento em que essas conversas ficaram paradas. No fim do ano, as conversas se aceleraram. A minha impressão é de que não há indicação de encerramento – afirmou.
Azevêdo, entretanto, destacou que uma prorrogação indefinida da cobrança de subsídios é considerada inaceitável. Pelo memorando de entendimento, os Estados Unidos pagam um doze avos anuais de um total de US$ 147,3 milhões ao Brasil, que reinveste parte do dinheiro em projetos de algodão na África.
Além disso, está em discussão nos Estados Unidos a formulação de uma nova lei agrícola, conduzida pelo Congresso norte-americano. Os parlamentares analisam a proposta considerando que há uma decisão da OMC que autoriza a retaliação do Brasil aos Estados Unidos.
Em 2009, a OMC julgou que as retaliações no valor de US$ 829 milhões podem atingir produtos não só agrícolas, mas também bens de outros setores e de propriedade intelectual. A ação, porém, está suspensa desde 2010 em decorrência do memorando de entendimento entre Estados Unidos e Brasil.