A Organização Internacional do Café fez há três anos um novo acordo internacional, já assinado pelo Brasil, mas que ainda precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional. A ideia é continuar unindo os principais produtores e consumidores do mundo, garantindo principalmente a sustentabilidade ambiental. Porém, lideranças brasileiras defendem que as questões econômicas também sejam tratadas.
? Nós temos que estar preparados para os priores momentos que no futuro poderão estar aí. Então, seja de um desnível da oferta, seja da demanda, nós precisamos estar preparados com todas as armas em punho ? diz o diretor do Departamento do Café do Ministério da Agricultura, Robério Oliveira.
? O grande receio dos produtores é não ter essas cláusulas econômicas e não se falar em preço. Então, nós vivemos constantemente nesse mercado completamente oscilante. Uma hora é um preço, outra hora é outro, trazendo uma apreensão muito grande ao produtor rural ? avalia o presidente do Conselho Nacional do Café, Gilson Ximenes.
? O passado é terrível com endividamento muito grande como é do agronegócio brasileiro. O presente é de escassez e escassez sinaliza preço alto. Enquanto o Brasil não formular uma política que deve ser a mesma política para o mundo inteiro de estoque regulador, preço mínimo de garantia condizente e créditos normais para que o produtor possa fazer face a toda a sua atividade de cafeicultor ? acrescenta o deputado federal Carlos Melles (DEM-MG).
Depois que for analisado por deputados e senadores, o acordo depende de sanção do presidente da República.
Por ser o maior produtor e exportador de café do mundo e o segundo maior consumidor de café do planeta, o Brasil quer assumir uma posição de liderança na Organização Internacional do Café. Por isso, o país vai se candidatar para assumir a direção-executiva da instituição no ano que vem.