CRESCIMENTO

Brasil exporta 2,991 milhões de sacas de café em julho; alta é de 18,7% ante julho de 2022

A receita também apresentou avanço no período, de US$ 596,9 milhões para US$ 627,8 milhões, alta de 5,2%

O Brasil exportou em julho, primeiro mês da safra 2023/24, 2,991 milhões de sacas de 60 quilos de café, 18,7% mais na comparação com igual mês de 2022. A receita também apresentou avanço no período, de US$ 596,9 milhões para US$ 627,8 milhões, alta de 5,2%. Os dados são do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), divulgados na quarta-feira, 9, à tarde.

Segundo o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, o Brasil tem uma “janela de oportunidade” para os cafés conilon e robusta devido aos preços mais altos no Vietnã e na Indonésia.

“Essas nações asiáticas elevaram suas importações dos nossos cafés em 382,9% e 52,1%, respectivamente, no acumulado deste ano até julho”, explicou Ferreira. “Os canéforas brasileiros (soma de conilon e robusta) devem seguir se consolidando, pelo menos neste mês corrente”, acrescentou.

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Foto: Freepik

Em julho, o preço médio dos embarques foi de US$ 209,86 por saca, 11,4% a menos do que os US$ 236,80/saca de julho de 2022. O presidente da entidade ressaltou que as exportações dos cafés canéforas aumentaram 245,4% no mês passado ante julho de 2022, para 505 mil sacas. Segundo ele, o produto brasileiro estava mais competitivo frente ao mercado global.

Apesar da recuperação do canéfora em julho, os embarques totais dos cafés do Brasil seguem negativos no acumulado do ano, em volume e receita, refletindo a menor disponibilidade do produto, após duas safras menores em 2021 e 2022, e o recuo dos preços no mercado internacional.

Acumulado do ano

O Brasil exportou de janeiro a julho 19,222 milhões de sacas de 60 kg de café, 14,7% menos do que nos sete meses do ano passado (22,533 milhões de sacas). A receita cambial foi de US$ 4,177 bilhões, queda de 20,5% ante os US$ 5,252 bilhões observados em igual período anterior.

O café arábica foi o mais exportado no período, com 15,726 milhões de sacas, ou 81,8% do total. “O segmento do solúvel teve o correspondente a 2,208 milhões de sacas embarcados no intervalo, com representatividade de 11,5%, seguido pela variedade canéfora, com 1,262 milhão de sacas (6,6%) e pelo produto torrado e torrado e moído, com 26.535 sacas (0,1%)”, disse o Cecafé, em levantamento mensal.

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Foto: Marcelo Camargo/ABr

Nos sete meses de 2023, os Estados Unidos foram os principais importadores dos cafés do Brasil, com aquisição de 3,433 milhões de sacas (17,9% dos embarques totais). O volume adquirido pelo mercado norte-americano é 26,5% inferior ao registrado em igual intervalo de 2022. Por continentes e blocos econômicos, houve aumento de 87,7% e de 25,3% nos volumes adquiridos para Países Árabes e para a Ásia. “Nesse último exemplo, vale enaltecer as exportações dos cafés do Brasil à China, que evoluíram 102,7% ante os sete primeiros meses de 2022 e atingiram 408.046 sacas”, ressaltou o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, em nota.

Os cafés diferenciados, aqueles que possuem qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis, representaram 16,3% das exportações totais brasileiras em 2023, com o envio de 3,142 milhões de sacas ao exterior. O volume representa queda de 19,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Os Estados Unidos também lideram o ranking dos principais destinos dos diferenciados. Até julho, adquiriram 833 mil sacas, o que equivale a 26,5% do total desse tipo de produto exportado.

O preço médio dos cafés diferenciados foi de US$ 246,24 por saca, com receita acumulada de US$ 773,6 milhões nos sete meses deste ano, o que corresponde a 18,5% do total obtido com os embarques de café. No comparativo anual, o valor é 31,5% menor.

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