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Brasil exporta menos soja nos primeiros 5 meses deste ano, ante 2018

O resultado foi impactado, em parte, pela redução nas compras da China, devido ao surto de peste suína africana. Analista acredita que o país exportará menos soja este ano

Fonte: Porto de Rio Grande

O embate comercial entre China e Estados Unidos trouxe ao Brasil, no ano passado, a expectativa de vender mais soja para o país asiático. De fato, isso aconteceu. Mas o surto de peste suína africana na China, no começo do ano, mudou a perspectiva de comercialização, afinal com um rebanho suíno menor, menos soja seria necessária.

Após o fechamento dos volumes negociados em maio, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, divulgou os dados sobre o complexo (incluindo óleo e farelo) e confirmou a expectativa: o Brasil exportou menos soja nos primeiros seis meses deste ano, se comparado ao mesmo período de 2018.

E isso aconteceu de maneira geral, ou seja, considerando todos os embarques do grão para todos os países e também só para a China. Sendo assim, de janeiro a maio deste ano o Brasil exportou um total de 43,629 milhões de toneladas, arrecadando com isso, US$ 15,6 bilhões. No ano passado, o volume apesar de parecido foi maior 43,461 milhões de toneladas, mas teve um lucro melhor US$ 17,3 bilhões.

China

Se o recorte considerar apenas o que a China comprou do Brasil, a diferença aumenta. Nos primeiros cinco meses deste ano foram embarcadas 26,387 milhões de toneladas para o país asiático, 5,3% a menos que os 27,881 milhões de toneladas de 2018.

A renda obtida, naturalmente, foi menor também. O Brasil obteve US$ 9,3 bilhões da China pela soja neste ano, 16,2% menor que os US$ 11,1 bilhões do ano passado.

Entenda por que o Brasil exportou menos!

Brasil venderá menos

Para o analista da Safras & Mercado, Luis Fernando Gutierrez, essa movimentação era esperada e não é algo negativo ao país. Isso porque, além do problema da peste suína, o Brasil também produziu menos soja na temporada 2018/2019 e consequentemente terá menos para negociar.

“De fato, essa questão sanitária trouxe um impacto sim, mas menor do que poderia. O Brasil irá exportar menos, porque produziu menos e os estoques são mínimos. A questão da peste suína africana ainda pode ter novos impactos nos próximos meses, mas não dá para prever nada”, diz.

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