A nova companhia traz números que impressionam: é a terceira maior exportadora do país e a maior do mundo em processamento de frango. O faturamento das duas empresas juntas no ano passado foi de R$ 22 bilhões, e este ano pode chegar a R$ 30 bilhões, segundo os diretores.
Mas para registrar lucro ao longo do ano, um dos desafios é o endividamento. A nova empresa nasce com uma dívida próxima de R$ 10 bilhões, sendo cerca de R$ 8 bilhões vêm da Sadia.
Para os presidentes das duas empresas, a previsão é reduzir o endividamento com facilidade, além do aumento nas vendas, eles esperam que a emissão de ações ajude a compensar o balanço financeiro.
Até o fim de julho, a Brasil Foods deve captar um valor estimado em R$ 4 bilhões com oferta pública de ações no mercado. De acordo com o presidente da Sadia, Luiz Fernando Furlan, a venda da fábrica na Rússia, hipótese que foi levantada pela própria companhia recentemente, não deve mais ocorrer após a criação da Brasil Foods.
Furlan disse que não há mais pressão de endividamento no curto prazo e por isso a empresa tem um potencial maior.
Outra prioridade da Brasil Foods é avançar no mercado externo. A nova companhia quer conquistar espaço na China e nos Estados Unidos.