Em encontro realizado nessa segunda, dia 4, em Brasília, Fay esteve presente com advogados e consultores para apresentar números sobre a união aos membros do órgão antitruste. O executivo disse, porém, que nenhuma sugestão fechada foi apresentada ao conselho por enquanto.
? O tempo não deveria ser limitante ? disse ao sair da reunião.
Em princípio, o caso volta a julgamento no próximo dia 13. Há, no entanto, tempo hábil para que a avaliação seja adiada mais uma vez para o dia 27 deste mês. Para o Cade, essa nova postergação não seria tão confortável, pois estaria às vésperas do prazo final de 60 dias para colocar um ponto final no processo.
O julgamento começou no dia 8 de junho, quando o relator Carlos Ragazzo votou contra a operação. Ele demonstrou preocupação em relação à concentração excessiva do mercado e com a perspectiva de elevação de preços de alguns produtos em até 40%.
Conversas
Para o relator, o negócio é inviável. No mesmo dia, no entanto, o conselheiro Ricardo Ruiz pediu vista dos autos, o que suspendeu o processo. É ele que está à frente das negociações com a empresa agora. Fay reconhece que a decisão sobre a data caberá exclusivamente ao Cade e afirmou que não solicitará formalmente um novo adiamento.
Segundo fontes próximas às negociações, as conversas chegaram a um ponto crítico e alguma decisão, favorável ou não a um acordo, deve ser atingida até o fim dessa semana.