A União Europeia concedeu ao Brasil o direito de ampliar em cinco mil toneladas a exportação pela cota Hilton, que com o volume atual agora fica em dez mil toneladas. A medida não atende ao pedido dos frigoríficos que haviam acertado com Itamaraty um aumento mínimo de oito mil toneladas na exportação por este modelo.
Apesar disso, o Brasil vem enfrentando dificuldades em cumprir a cota, porque falta oferta do produto e o número de fazendas habilitadas a exportar para a União Europeia ainda é considerado pequeno.
Já os produtores de açúcar ganharam o direito de exportar até 550 mil toneladas do produto com impostos reduzidos. Trezentas mil toneladas devem ser embarcadas com imposto de 98 euros por tonelada. Anteriormente, esse valor chegava a 230 euros. Além desta cota, existe outra de 250 mil toneladas, referente a acordo de nação mais favorecida.
Segundo as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), a medida vale para todos os exportadores. Analistas acreditam que o Brasil também vai ocupar parte desta cota por ser mais competitivo.
De acordo com a Datagro Consultoria, a entrada de um novo comprador no mercado e o déficit mundial de oferta devem colaborar para que os preços do açúcar se mantenham valorizados durante a safra.