Ficou acertada a elaboração de agenda de entendimentos com os países signatários da Convenção de Basileia, que trata da destinação do lixo, tóxico ou não, para que sejam criadas normas rígidas no sentido de coibir a ação de empresas na exportação do lixo e criar mecanismos de punição para quem contrabandeia o lixo.
Já quanto ao uso da biodiversidade, os dois países deverão defender na Convenção sobre Biodiversidade em Nagoya, no Japão, posição firme para que se adote o ABS, que representa a possibilidade de o Brasil receber recursos pelos produtos originados da exploração da biodiversidade do país, da flora e da fauna e seus produtos.
No encontro, do qual participaram as secretárias do MMA de Mudanças Climáticas, Suzana Kahn, e a de Biodiversidade e Florestas, Maria Cecilia Wey, além de membros da equipe do secretário de Estado britânico, Minc anunciou, ainda, “uma parceria forte” para se contrapor às posições que possam levar à COP-15, Conferência do Clima, a um fracasso. Será uma forma de pressionar os países desenvolvidos a apresentarem números concretos na reunião que acontecerá entre os dias 6 e 14 de dezembro, na Dinamarca.
O ministro do Meio Ambiente pediu uma mobilização de ambientalistas, parlamentos e da opinião pública em todo o mundo para “lutar contra o baixo astral que tomou conta da reunião de Copenhague” depois das declarações de Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, Hu Jintao, da China, de adiarem o anúncio de números significativos de redução de emissões de seus países. Ele elogiou o anúncio de metas pela Indonésia e Coreia do Sul e propôs a criação de um “placar” com os países que já apresentaram seus compromissos para a COP 15.
Minc disse que a reação às declarações já foram muito fortes e vão continuar ganhando espaço no mundo inteiro, o que fez com que os líderes dos dois países decidissem que haverá números de redução. Lembrou que tanto ele como o presidente Lula e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, fizeram declarações fortes contra o anúncio. Mesmo assim, avaliou que as mudanças de posição dos chefes de Estado ainda são tímidas e insuficientes por parte dos dois governantes.