Brasil e Japão pesquisarão biocarvão para insumos e fertilizantes de liberação lenta

Projeto é uma parceria entre a Embrapa Solos e a universidade japonesa de KyushuBrasil e Japão vão se unir na pesquisa sobre biomassa a fim de desenvolver insumos para o solo e fertilizantes de liberação lenta, especialmente para pequenos produtores. O trabalho terá seu início em agosto de 2011 e vai focar seu estudo no biocarvão, que caracteriza-se por um resíduo sólido da biomassa carbonizada aplicado no solo para o sequestro de carbono e melhoria da fertilidade.

? Biomassa e o biocarvão têm sido aplicados ao solo como insumo agrícola no mundo inteiro. Nas últimas décadas, especialmente no Japão, estudos sobre o biocarvão têm se intensificado. Cientistas no Japão têm acumulado enorme conhecimento sobre a produção do biocarvão e seu uso como alternativa aos combustíveis fósseis ? diz o pesquisador da Embrapa Solos e coordenador do trabalho, Etelvino Novotny.

Com foco principal na redução da emissão de gases de efeito estufa, o trabalho pode produzir melhorias significativas nas técnicas de produção e utilização do carvão e nas tecnologias de tratamento de resíduos orgânicos. Espera-se reduzir a quantidade de resíduo orgânico descartado, assim como o uso de fertilizantes minerais através da reciclagem dos resíduos.

Com duração prevista de três anos, o projeto é uma parceria entre a Embrapa Solos e a Universidade de Kyushu, instituições com grande conhecimento acumulado na área. A Embrapa Solos é a coordenadora nacional da rede de pesquisa em biocarvão, além de ter liderado projeto que estudou as “Terras Pretas de Índios” (solos amazônicos arqueológicos enriquecidos com biomassa carbonizada). Já a instituição japonesa, possui enorme quantidade de informações e resultados sobre o uso agrícola de carvão.