Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Brasil não deve entrar em nova disputa com os Estados Unidos na OMC, diz ministro da Agricultura

Neri Geller comemora o acordo para encerrar o contencioso do algodãoO ministro da Agricultura, Neri Geller, confirmou nesta quinta, dia 2, a disposição do Brasil de não entrar em novas disputas na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os Estados Unidos por subsídios agrícolas repassados pelo governo norte-americano aos produtores do país.

– Não existe vontade ou algo que sinalize uma nova disputa – afirmou.

Apesar do tom diplomático, o ministro disse que se houver qualquer dificuldade em caso de subsídios desleais a disputa pode ressurgir.

– Ficou muito claro que, se por ventura houver qualquer mudança na atual legislação norte-americana que venha a ferir ou competir de forma desigual a produção nacional, podemos recorrer (na OMC), inclusive no algodão – indicou.

O Brasil fechou acordo com os EUA para encerrar o contencioso do algodão iniciado em 2002, na OMC, no qual Washington foi obrigado a indenizar os produtores brasileiros em razão de subsídios à produção norte-americana. Os países acertaram ontem um acordo no qual os EUA concordavam em repassar uma última parcela de US$ 300 milhões ao Brasil até o dia 21, para encerrar a disputa.

– O valor total será de US$ 805 milhões, incluindo os US$ 300 milhões e o que já foi pago (desde 2002). Com o dólar atual, isso dá entre R$ 1,8 bilhão a R$ 2 bilhões – disse.

O acordo prevê que o Brasil não contestará a nova legislação norte-americana de agricultura (Farm Bill), que vale até 2018.

No início deste ano, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) indicou que os novos subsídios da Farm Bill impõem uma perda de US$ 4,3 bilhões ao agronegócio brasileiro. Entre as perdas previstas pela CNA estava a cultura do algodão, com US$ 340 milhões, sendo em média US$ 70 milhões por ano.

O ministro rebateu o estudo, afirmando que a nova lei não irá prejudicar os produtores brasileiros.

– Todos os estudos levantados deixam muito claro que esse acordo é extremamente positivo para a produção. Eu, particularmente, entendo isso como muito importante não para o algodão, mas para o país, porque acaba com uma briga que vinha se arrastando há 12 anos – considerou.

Segundo o ministro, o Brasil conseguiu uma “vitória” ao fazer os EUA aceitarem reduzir de 36 para 18 meses o tempo de cobertura dos subsídios agrícolas norte-americanos com a nova Farm Bill.

– Ter uma divergência comercial com os americanos tem um impacto em outras culturas. Esse acordo foi extremamente benéfico do ponto de vista da produção de algodão e também da relação internacional – disse.

Ministro afirma que não é necessário nenhum produtor ficar preocupado de que esteja comprometida qualquer ação futura que seja necessária contra os americanos:

Clique aqui para ver o vídeo

Agência Estado
Sair da versão mobile