Agrônomo e doutor em ciências econômicas, José Graziano da Silva é o único candidato da América Latina para comandar a organização. Com 61 anos e uma vida política ligada à segurança alimentar e desenvolvimento rural, ele é considerado, pelo Ministério das Relações Exteriores, um dos nomes mais fortes ao cargo.
? Qual a diferença que o professor introduz nesta campanha? Eu acho que é a experiência do Fome Zero que os outros não têm ? diz a embaixadora Vera Machado, da Secretaria de Assuntos Políticos do Itamaraty.
Entre as prioridades da candidatura brasileira, estão a promoção da segurança alimentar e nutricional, a erradicação da fome, a agricultura familiar e a inclusão de processos mais participativos na gestão da FAO.
José Graziano defende também a criação de mecanismos para regular o mercado internacional de commodities agrícolas. Segundo ele, não se trata de controle de preços, mas de instrumentos, como estoques públicos, para evitar a alta dos alimentos.
? Para a bolsa poder funcionar bem tem que ter um guarda na porta. Não há mercado sem controle do Estado ? diz Silva.
O nome do novo diretor-geral da FAO, eleito pelos 192 países-membros, será conhecido em junho.