O Plano Decenal de Expansão de Energia Elétrica (PDE) 2019, principal estudo de planejamento do governo para o setor, prevê que o país chegará em 2019 com uma exportação líquida de 230 mil barris por dia.
O estudo prevê, inclusive, que o Brasil se tornará autossuficiente e até exportador de óleo diesel ? produto do qual é hoje altamente dependente ? também em 2014.
? O crescimento da demanda por óleo diesel entre 2010 e 2019 será de 75%, saltando para 1,375 milhão de barris por dia, enquanto a produção aumentará 93% – 1,410 milhão de barris diários ? ressaltou o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim.
Em sua análise, a EPE considerou a instalação até 2019 de quatro novas refinarias: a Potiguar Clara Camarão ? RPCC (RN), a Refinaria Abreu e Lima (Refinaria do Nordeste), uma parceria com a estatal venezuelana PDVSA (PE), o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e as refinarias Prêmio 1 e 2 no Maranhão e no Ceará, respectivamente.
Com relação à produção de petróleo, o estudo prevê que ela aumentará em 2,5 vezes nos próximos dez anos, saltando dos atuais 2 milhões de barris/dia para 5,1 milhões de barris/dia em 2019 ? o que deixará o país com um excedente para exportação de cerca de 2,2 milhões de barris diários.
O crescimento da oferta nacional de gás natural previsto para o período 2010-2019 será de 67%, saindo de um patamar de 49 milhões de metros cúbicos por dia para 116 milhões de metros cúbicos por dia em 2019.
? Assim, se somarmos os 30 milhões de metros cúbicos por dia importados da Bolívia e os 21 milhões de metros cúbicos/dia de gás natural liquefeito (GNL), o país alcançará uma oferta potencial de gás natural de 167 milhões de metros cúbicos por dia em 2019, na região integrada por gasodutos ? ressaltou a EPE.