Segundo o banco, o preço médio pago ao produtor aumentou cerca de 50% na safra 2010/2011, em relação ao período anterior, 2009/2010. Nesse contexto de melhores preços, os cafeicultores podem estar estimulados a plantar mais, elevando a área em 17%, de atuais 2,09 milhões de hectares para 2,45 milhões de hectares em 2014/2015. A produção poderá saltar 27% no período, para 66 milhões de sacas de 60 quilos.
De acordo com a projeção do banco, a maior oferta do Brasil, combinada com um aumento de produção projetada para a Colômbia, “pode produzir um excesso considerável na oferta mundial de café, impactando os preços e rentabilidade no setor”, informa o banco. A produção colombiana pode aumentar 56% no período, para 14 milhões de sacas.
O Rabobank estima que a produção global em 2014/2015 pode alcançar 164 milhões de sacas (crescimento anual de 3,7%), enquanto o consumo será de 145,7 milhões de sacas (aumento médio 2,38% nos últimos 10 anos). Nesse sentido, o Rabobank alerta que os produtores e os fornecedores devem aproveitar a oportunidade de dificuldades para as indústria, “protegendo-se de uma possível recessão no futuro”.