As negociações foram motivadas por uma forte alta nas importações de leite em pó do Uruguai neste ano. A situação levou a Câmara de Comércio Exterior (Camex) a criar dificuldades para as compras do produto do país vizinho. De acordo com o MDA, as conversas com os uruguaios têm como objetivo buscar um equilíbrio no comercio bilateral. O acordo envolve também cooperação técnica e promoção conjunta de produtos dos dois países. Apesar de apoiarem a iniciativa do governo, representantes do setor leiteiro não têm o mesmo otimismo. Para o presidente da Leite Brasil, Jorge Rubez, os uruguaios vão tentar prolongar ao máximo as negociações. Por isso, ele defende uma ação mais radical do Brasil.
? Se depender deles vai ‘ad eternun’ porque sempre não cumpriram o que prometeram para a gente. Acho que se o Brasil não jogar pesado, não vai conseguir fazer uma acordo bilateral. É preciso estabelecer critérios e dentro desses critérios e até mesmo cotas.
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O Brasil já tem um acordo semelhante com a Argentina. Ficou estabelecido que os argentinos podem vender para o Brasil uma cota mensal de 2,5 mil toneladas de leite em pó a um preço de US$ 2,2 mil dólares por tonelada.
