O Brasil e a Índia buscam ampliar a oferta de proteínas para atender à crescente demanda global, segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
Em missão oficial à Índia, Fávaro destacou o potencial de cooperação entre os dois países no setor agropecuário.
“O Brasil pode ser um grande parceiro da Índia no fornecimento de proteínas para suplementar a alimentação da população, seja na forma de proteína vegetal ou proteína animal”, disse Fávaro.
O ministro destacou que o Brasil é um grande produtor de alimentos e que a Índia é um mercado promissor. “Estamos aqui para trazer as nossas potencialidades e também ampliar as potencialidades indianas para o Brasil”, disse.
Fávaro também ressaltou o compromisso do Brasil com a sustentabilidade. “O Brasil pode crescer e incrementar 40 milhões de hectares com agricultura, pecuária e floresta, mas com respeito ao meio ambiente, principalmente, sendo um exemplo para o mundo”, destacou.
As negociações entre Brasil e Índia estão em andamento para ampliar o comércio de produtos agropecuários, incluindo frutas secas, castanha do Brasil e macadâmia (Brasil); sorgo e milheto, água de coco, leite e lácteos, carne e produtos cárneos (Índia).
Comércio Brasil e Índia
Nas relações comerciais entre o Brasil e a Índia, as exportações brasileiras somaram US$ 2,95 bilhões em 2022, de acordo com o Sistema de Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro (AgroStat). Os principais produtos exportados foram óleo de soja e açúcar.
No mesmo ano, as importações de produtos do agronegócio indiano somaram US$ 177,55 milhões, com compras principalmente de produtos têxteis de algodão; fios, linhas e tecidos de algodão; cebolas; óleos essenciais; chocolate; e sementes de cominho.
Em maio de 2023, a Índia abriu o mercado para a importação do refresco de açaí brasileiro. O refresco de açaí é uma bebida não fermentada, obtida pela diluição em água potável do açaí, açaí clarificado ou açaí desidratado, com ou sem adição de açúcares.