O embaixador da China, Yang Wanming, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, conversaram nesta quinta-feira, dia 17, sobre possibilidades de diversificação da pauta comercial entre os dois países. De acordo com negociadores, Guedes disse que pretende fechar mais parcerias bilaterais, principalmente na área de tecnologia, com o principal destino das mercadorias brasileiras.
Segundo o Ministério da Economia, Guedes reafirmou a disposição do Brasil de fazer negócios com o maior número possível de países, sem viés ideológico. A orientação está em linha com os discursos de posse do presidente Jair Bolsonaro no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto, em 1º de janeiro.
O Ministério da Economia informou que o governo preservará o pragmatismo econômico em meio à ‘nova filiação brasileira de ver o modo de civilização ocidental’. A pasta não pretende deixar de fechar parcerias bilaterais por causa de questões ideológicas.
Eu tive uma reunião com o Sr. Paulo Guedes, Ministro da Economia, Finanças e Planejamento do Brasil. Trabalhamos em conjunto para melhorar as relações comerciais, promover o investimento e a cooperação em energia, mineração, tecnologia, infraestrutura e outros setores. pic.twitter.com/evolRn9mlk
— Yang Wanming (@WanmingYang) 17 de janeiro de 2019
A equipe econômica quer diversificar as exportações, estimulando a venda de produtos de maior valor agregado para o mercado chinês e diminuindo a participação de commodities.
No ano passado, o Brasil exportou US$ 64,2 bilhões para a China (26,8% do total vendido para o exterior) e importou US$ 34,7 bilhões (19,2% do total). Os principais produtos vendidos para o país asiático foram soja em grão, petróleo bruto e minério de ferro.
Em contrapartida, as importações brasileiras da China concentraram-se em produtos manufaturados e em bens de capital, como plataformas de perfuração ou de exploração de minérios.