? Nós podemos entrar na Opep se produzirmos mais petróleo ? disse Lobão em Jeddah, na Arábia Saudita.
Convocada pela Arábia Saudita, a conferência desse domingo reuniu 35 países, 25 companhias e sete organizações internacionais, mas ofereceu poucas boas notícias para retomar os negócios com petróleo na próxima semana (veja texto nesta página). Segundo Lobão, a produção brasileira de petróleo deve atingir 2,3 milhões de barris diários em 2009 – 500 mil barris acima do nível médio atual. Ao falar em nome do Brasil durante a reunião, o ministro ainda fez uma candente defesa dos biocombustíveis verde-amarelos. O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, também presente, reiterou a condição privilegiada do país:
? O Brasil tem perspectivas favoráveis, tanto no aumento considerável de petróleo, com as recentes descobertas da Petrobras, quanto na produção de biocombustíveis.
Desde que surgiram os primeiros sinais da existência de uma gigantesca reserva de petróleo numa região que vai do Espírito Santo ao Norte de Santa Catarina, na camada de pré-sal, o governo brasileiro cogita da hipótese de aderir à Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a afirmar que o ingresso teria como objetivo reduzir a pressão sobre os preços do óleo, que na sexta-feira atingiu US$ 134,62 na Bolsa de Mercadorias de Nova York. Especialistas advertem, porém, que essa meta contraria a própria finalidade do cartel, que adota cotas de produção para os países-membros como forma de valorizar o combustível.
Além da condição básica exigida para ingresso – ser exportador líquido de petróleo – o Brasil precisa se comprometer a seguir as orientações do cartel e formalizar o pedido de adesão, o que ainda não ocorreu.