No caso das carnes (bovina, suína e de frango), há um mercado de US$ 20 bilhões fechado em razão, sobretudo, de barreiras sanitárias, difíceis de contestar na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Barreiras não sanitárias, como tarifas ou cotas, são debatidas em painéis abertos na OMC, que, ao final do processo, emite um parecer, com a possibilidade de punição ao infrator das regras de comércio internacional. As barreiras sanitárias são tratadas no Comitê de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias da OMC, cujo presidente pode apresentar uma reclamação ao país que as impõe. Mas não há julgamento. Assim, o cumprimento da recomendação acaba se arrastando no tempo.
? A abertura de mercados fechados por questões sanitárias exige muita diplomacia e insistência. Essa é a grande vantagem de um adido agrícola. Ele estará lá (no exterior) o tempo todo para cuidar dessa agenda. O diálogo direto com as autoridades locais, até para esclarecer questionamentos de rotina, é muito importante ? disse o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Celio Porto.
Os adidos se reuniram nesta terça, dia 23, em São Paulo, com exportadores de carnes, de açúcar e álcool e de soja para conhecer as prioridades de cada setor. Ainda esta semana, ouvirão os produtores de laranja, café e frutas. Na quinta, 25, visitam o Porto de Santos para conhecer a situação dos embarques desses produtos.
Assim que for publicada a nomeação no Diário Oficial da União, os adidos embarcam para uma temporada de quatro anos nos Estados Unidos, no Japão e na União Europeia (Bélgica), Rússia, Suíça (OMC), Argentina, China e África do Sul. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.