O Índice Global de Segurança Alimentar (Global Food Security Index – GFSI, em inglês), examinou o estado dos sistemas alimentares de 113 países, incluindo o Brasil. O estudo foi desenvolvido pelo Economist Intelligence Unit (EIU), em parceria com a Corteva Agriscience. A avaliação foi dividida em três categorias: acesso, disponibilidade e qualidade e segurança dos alimentos e, neste último item, o Brasil se destacou entre os países da América do Sul e Central, com a nota 84, de uma escala de 0 a 100, seguido da Argentina (80) e Costa Rica (76).
No índice geral, com os 113 países de cinco continentes, o país ocupa a 39ª posição.
A categoria ‘qualidade e segurança alimentar’ é dividida em cinco itens, diversidade alimentar, padrões nutricionais, disponibilidade de micronutrientes, qualidade da proteína e segurança alimentar. Os itens são subdivididos e em sete quesitos, incluindo, estratégia nacional de nutrição e capacidade de armazenar alimentos com segurança, o Brasil obteve nota máxima (100).
Para Marcio Zanetti, diretor-geral do EIU no Brasil, estudos como o Índice Global de Segurança Alimentar tem amplitude e continuidade e, por isso, permitem uma ampla comparação do posicionamento dos diversos países cobertos ao longo do tempo.
“Essas comparações são importantes para gerar discussões entre diversos stakeholders da sociedade civil de como implementar políticas e programas que permitam aos países melhorarem seu desempenho ao longo do tempo. Alguns organismos multilaterais e ONGs têm, inclusive, utilizado o GFSI como uma de suas ferramentas para decisão de investimento em ações sociais em mercados emergentes, ressaltou Zanetti”.
Sabemos que o Brasil é um dos poucos países no mundo com condições de atender a demanda por alimento estimada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, sigla do inglês Food and Agriculture Organization). Podemos produzir mais, sem precisar aumentar de forma desproporcional a área plantada. O cenário atual para a agricultura brasileira é positivo.
“Os indicadores que demonstram atividade agrícola e seu desempenho têm melhorado ao longo dos anos. Ainda existem desafios ligados a aspectos econômicos, como carência em infraestrutura de suporte ao setor. Mas, de forma geral, as expectativas do ponto de vista da atividade agrícola são bem atraentes”, completou.
Segundo Douglas Ribeiro, diretor de marketing da Corteva Agriscience, a missão da empresa, parceira na realização do estudo, é contribuir para o desenvolvimento do setor no Brasil. “Nós oferecemos aos agricultores de todo o mundo o portfólio mais completo do setor. Estamos comprometidos em trabalhar com as partes interessadas em todo a cadeia alimentar para cumprir o seu propósito de enriquecer vidas no campo e na cidade”, disse.
“Recentemente anunciamos uma parceria com o Cubo Itaú, maior hub de fomento ao empreendedorismo tecnológico, para buscar soluções para alguns anseios, não só da Corteva, mas de todo o setor, o que inclui o acesso ao crédito e financiamento“, acrescentou.