Em 2013, os produtores brasileiros cultivaram 40,3 milhões de hectares com soja, milho e algodão transgênicos, enquanto os norte-americanos semearam 70,2 milhões de hectares. A Argentina ficou em terceiro lugar, com 24,4 milhões de hectares, seguida por Índia (11 mi/ha), Canadá (10,8 mi/ha), China (4,2 mi/ha), Paraguai (3,6 mi/ha), África do Sul (2,9 mi/ha), Paquistão (2,8 mi/ha), Uruguai (1,5 mi/ha), entre outros, mostrou o levantamento.
Entre 2012 e 2013, o Brasil registrou aumento de 10% na área plantada, com adoção de 92% para a soja, 90% para o milho e 47% para o algodão.
– Os transgênicos permitiram a intensificação da produção global e, principalmente, brasileira, contribuindo para evitar que a agricultura disputasse área com reservas de biodiversidade nos 27 países em que são cultivados – observou Anderson Galvão, representante do ISAAA no Brasil, no documento.
O órgão calcula que 497 milhões de quilos de defensivos químicos deixaram de ser usados graças à adoção de transgênicos resistentes a insetos (Bt) e a herbicidas entre 1996 e 2012. Só em 2012, a ISAAA estima, ainda, que 26,7 bilhões de quilos de dióxido de carbono, um volume equivalente à emissão de 11,8 milhões de carros em um ano, deixaram de ser lançados na atmosfera com o plantio de cultivares geneticamente modificadas. A economia foi obtida com a menor movimentação de maquinário, decorrente da redução de tratamentos na lavoura e da aragem.
O relatório da ISAAA ainda informa que os transgênicos diminuíram a necessidade de área plantada em 123 milhões de hectares entre 1996 e 2012. Segundo a pesquisa. essa área, com aproximadamente o tamanho do Estado do Pará, seria demandada, caso a produção atual de 377 milhões de toneladas de alimentos e fibras adicionais não fossem produzidas por lavouras geneticamente modificadas (GM) no mesmo período.
– Os transgênicos permitiram a intensificação da produção global e, principalmente, brasileira, contribuindo para evitar que a agricultura disputasse área com reservas de biodiversidade nos 27 países em que são cultivados – afirma Anderson Galvão, representante do ISAAA no Brasil.
Ainda de acordo com o relatório, os transgênicos são vitais para reduzir o avanço de fronteiras agrícolas e garantir a produção de alimentos, mas devem ser combinados com outras práticas agrícolas.
– Rotação de cultivos, manejo da resistência e práticas conservacionistas como o plantio direto são exemplos de técnicas necessárias tanto em lavouras transgênicas como em convencionais, na perspectiva de uma agricultura sustentável – elenca Galvão.
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