O economista da FGV disse que o plano dá, ao combate à miséria, “um peso institucional que nunca teve”. E sinaliza na direção da continuidade, uma vez que colhe resultados sociais traduzidos pela queda de 67% da pobreza extrema desde o Plano Real.
? A desigualdade está no mínimo histórico. E, nesse momento, você resolve abrir outra frente para plantar e colher outros resultados, mas já usando a própria colheita como semente ? explica Néri.
Entre as inovações consideradas interessantes, Marcelo Néri destacou o “federalismo social”. Para ele, os municípios tiveram uma atuação muito importante no combate à pobreza, mas com pouca participação relativa dos Estados. Outro fator destacado foi a elevação do número de filhos (de três para cinco) que passarão a contar com os benefícios do Programa Bolsa Família.
? No mês que vem, a miséria vai ser menor. Você vai incorporar 1,3 milhão de pessoas, basicamente, crianças ? ressalta.
O economista da FGV acha, no entanto, que o número de miseráveis no Brasil foi subestimado pelo governo. Mas ele não compartilha a crítica de alguns economistas sobre o impacto fiscal do programa.
? É barato combater a pobreza ? assegurou.