Em agosto, o Brasil já ultrapassou o número de aberturas de mercados internacionais registrado ao longo de todo o ano passado. No entanto, o país ainda enfrenta desafios significativos quando se trata de fechar acordos comerciais. Esse cenário foi o foco de um debate realizado na Sociedade Rural Brasileira.
Durante o evento, destacou-se que, embora novos mercados para produtos agropecuários brasileiros estejam gerando divisas, empregos e contribuindo para a segurança alimentar global, as exportações poderiam ser ainda maiores se não fossem as barreiras comerciais que impactam o setor. Essas barreiras se dividem em três categorias: tarifárias, técnicas (sanitárias e fitossanitárias), e ambientais, sociais e éticas.
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O diretor de mercados da ABPA, Luis Rua, sublinhou que, apesar desses desafios, os produtos brasileiros continuam sendo reconhecidos internacionalmente, resultado de um esforço conjunto entre governo e setor privado.
O Brasil registrou a abertura de 78 mercados para a agropecuária em 2023, número já superado em sete meses de 2024, com 91 novos mercados abertos. Esse trabalho diplomático, realizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, foi destacado durante a reunião na Sociedade Rural Brasileira, reforçando a importância do diálogo entre o setor produtivo e o governo.
Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do MAPA, antecipou durante o evento que o Brasil deve anunciar em breve a abertura de mais um mercado para carne de frango e expressou otimismo em relação à implementação do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, que depende do momento político europeu para avançar.