A frota aeroagrícola brasileira detém 2.083 aeronaves, segundo levantamento no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) da Anac, realizado em janeiro deste ano pelo engenheiro agrônomo e consultor do Sindag, Eduardo Cordeiro de Araújo. O estudo divulgou também outro dado importante para o setor: o país tem 240 empresas aeroagrícolas e 548 operadores privados.
Os dados são de dezembro de 2016 e indica que 1.328 aviões pertecem às empresas aeroagrícolas, embora seja crescente a aquisição de aeronaves por agricultores ou cooperativas, que hoje têm 727 aeronaves próprias. As 28 aeronaves restantes na conta são aviões pertencentes aos governos federais, estaduais, além de aparelhos de instrução, experimental ou protótipo.
Na divisão os estados que mais utilizam aeronaves no setor, o topo do ranking ainda é do Mato Grosso, com uma frota de 462 aviões, seguido do Rio Grande do Sul, com 418, e de São Paulo, com 311 aeronaves agrícolas registradas. Juntos, estes três Estados abrangem mais da metade da frota nacional, com percentual superior a 50%.
Cerca de 900 aviões estão divididos entre 19 unidades da Federação. Por ordem decrescente de frota estão Goiás (277), Paraná (140), Mato Grosso do Sul (108), Bahia (99), Minas Gerais (71), Tocantis (36), Maranhão (26), Alagoas (20), Rondônia (17), Pará (17), Distrito Federal (17), Piaú (16), Roraima (14), Santa Catarina (13), Rio de Janeiro (6), Pernambuco (6), Espírito Santo (4), Amazonas (4) e Acre (1).
Crescimento considerável
Desde 2008, a frota brasileira cresceu 44%, uma média de 5,5% ao ano, sem considerar os altos e baixos da economia no período. A série histórica do consultor, e uma das principais autoridades brasileiras no setor, não conta com o levantamento de 2015. Mas a lacuna pode ser completada com a estimativa do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes (Cenipa, vinculado ao Comando da Aeronáutica), que apontou 2.035 aviões agrícolas em dezembro daquele ano.
O estudo ainda não considera o número de helicópteros agrícolas, já que a ANAC não possui dados em separado desse tipo de aeronave. No entanto, é possível concluir que há apenas seis helicópteros operando em lavouras no Brasil, que atualmente pertencem à única empresa homologada para esse tipo de operação no País e que fica no Estado de São Paulo.
A modalidade está ressurgindo no País, depois de cerca de 40 anos ausente. A volta dos aparelhos de asas rotativas nas lavouras foi possibilitada, sobretudo, pelo surgimento de equipamentos com menor custo operacional.