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Notícias - Soja Brasil

Brasil vende menos soja para a China e reduz dependência

Em 2018 os asiáticos eram responsáveis por comprar 82% de toda a soja exportada pelo país. Neste ano, respondem por 78%. Entenda!

Brasil exporta menos soja para a China. Foto: Ivan Bueno/ APPA

Como já era esperado, a China está importando menos soja do mundo (devido a febre suína africana) e, consequentemente, do Brasil. De janeiro a novembro os asiáticos importaram quase 15% menos soja do país, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A boa notícia é que a “china dependência” diminuiu, ou seja, os brasileiros venderam mais para outros destinos.

“Em 2019 a guerra comercial teve algum avanço, diferente do ano passado, quando tudo começou e os chineses não compraram nada dos Estados Unidos. Este ano eles compraram um pouco deles e deixaram de comprar tudo daqui. Sem falar no retorno da Argentina ao mercado que também pegou uma fatia dessa demanda asiática”, afirma o analista de mercado da Safras, Luiz Fernando Gutierrez.

Até o mês passado a China importou do Brasil quase 56 milhões de toneladas, 15% a menos que os 64,6 milhões do ano passado, no mesmo período. Em receita, o recuo foi ainda maior, em torno de 24%, chegando a US$ 19,5 bilhões, ante os US$ 25,7 bilhões de 2018.

Se considerar apenas novembro, os chineses até compraram um pouco mais soja neste ano, em torno de 4,8 milhões de toneladas, contra os 4,7 milhões do ano passado. Mas a receita ficou 4,15% menor no mês, ante 2018.

Dependência diminui

Se por um lado o país está exportando menos para a China, por outro está encontrando meios de vender para outros países para compensar. Para entender o que está acontecendo vamos as contas.

De janeiro a novembro de 2019 o Brasil exportou um total de 71,1 milhões de toneladas de soja para o mundo, 10% a menos que o mesmo período de 2018. Já somente para a China os embarques encolheram 15% no período.

Com isso, dá para perceber que se pegar o total exportado para o mundo este ano e o total enviado apenas para a China, o país asiático é responsável por comprar 77,9% de toda a soja do Brasil. Já no ano passado, no mesmo período, a participação era de 81,6%.

“Não é nada que preocupe. O Brasil colheu menos, vendeu menos e tudo saiu como o esperado”, afirma Gutierrez.

Para 2020, o analista avalia que os produtores podem enfrentar problemas, caso os Estados Unidos e China finalmente acertem suas diferenças e voltem a ter um acordo comercial.

“Se em 2020 o acordo comercial entre os dois países acontecer, aí sim o Brasil tende a exportar bem menos soja para a China. O país deve se preparar para isso, inclusive. Por isso falamos para os produtores aproveitarem para travar vendas para o próximo ano. Vale lembrar que pode vir uma forte oferta brasileira do grão, aliado a uma menor demanda e o produtor pode ter problemas com os preços”, alerta o analista.

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