No último fim de semana, o Brasil vetou um acordo na Cúpula de Santiago que estabelecia um compromisso da América Latina em apoiar um dos três candidatos do continente para o cargo de diretor-gerente da OMC. Com o veto, a negociação chegou a um impasse e nenhuma declaração foi aprovada.
Na prática, o Itamaraty não queria se comprometer com candidatos que, na visão do governo, não defendem as posições do Brasil no comércio internacional e têm visões contrárias ao projeto de trazer a variação cambial para dentro da OMC.
A entidade deu a largada oficial para o processo de seleção do próximo diretor, sabatinando cada um dos candidatos na terça, dia 29. Dos nove ministros e embaixadores que estão na corrida, três são latino-americanos. Além de Azevêdo, que apresenta seu projeto na quinta, dia 31, concorrem Anabel Gonzalez, da Costa Rica, e o mexicano Hermínio Blanco.