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Brasilagro lista ações em Wall Street e busca terras no Cerrado

Objetivo é encontrar locais com potencial de transformação e desenvolvimentoA Brasilagro busca propriedades rurais para comprar em regiões remotas do Brasil. Com ações listadas nesta quinta, dia 8, na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE, na sigla em inglês), a primeira empresa agrícola brasileira em Wall Street, a companhia não quer terras em Ribeirão Preto, no interior paulista, ou lugares já consolidados no agronegócio. O objetivo é encontrar locais com potencial de transformação e desenvolvimento.

O presidente (CEO) da companhia, Julio Toledo Piza, que tocou o sino de abertura do pregão da NYSE nesta manhã, afirmou que a empresa avalia comprar terras em locais que possa fazer mudanças significativas. A ideia é adquirir propriedades, às vezes com dívidas ou mal aproveitadas, para fazer as melhorias e um tempo depois vender com lucro. O Brasil, destaca a companhia, tem potencial para mais que dobrar a área plantada com grãos apenas com a conversão de pastagens em lavouras.

Uma das propriedades rurais vendidas pela empresa recentemente teve valorização de 156%. Na média, a apreciação foi de 100% nas três propriedades vendidas. Piauí, Maranhão, Bahia e o norte de Minas Gerais são os locais em que a Brasilagro tem ou já teve fazendas. E são também os locais onde avalia outras terras para comprar.

– Quando se fala em soja, olhamos regiões como Piauí, Maranhão, Bahia – declarou o executivo.

Ao listar suas ações na maior Bolsa de Valores do mundo, em Nova York, a visibilidade internacional da companhia vai aumentar e atrair novos investidores estrangeiros.

– Queremos ser uma empresa mais global – disse o executivo.

Por enquanto, a Brasilagro não fez captação de recursos nos Estados Unidos. A empresa somente listou ações no nível II da NYSE. Entre outras companhias brasileiras em Nova York estão Bradesco, Fibria, Vale e Petrobras.

O chairman da Brasilagro, Eduardo Elsztain, afirma que o agronegócio no Brasil está na moda agora no Exterior, como já estiveram no passado outros setores da economia. O Brasil é um dos poucos lugares no mundo com terras de qualidade disponíveis para aquisição.

– E ainda há uma enorme classe emergente, que demanda comida e estimula a produção agrícola e água em abundância – observou.

Segundo ele, além do Brasil e de outras regiões da América Latina, há poucas terras disponíveis para comprar.

– Talvez em alguma região da Austrália. Mas a Brasilagro, como empresa nacional, tem a vantagem de estar no país e não ter as limitações de estrangeiros para a aquisição de terras – avaliou.

A empresa não divulga metas de aquisição, nem projeções. No próximo dia 14, saem os resultados do terceiro trimestre. Até agora, acumula um portfólio de 184 mil hectares adquiridos e uma área plantada de 67 mil.

Criada em 2006, como um projeto de investimento, a Brasilagro abriu o capital na BM&FBovespa no mesmo ano, no Novo Mercado.

– Ainda éramos uma promessa – disse Piza, ressaltando que a companhia entregou o que prometeu aos investidores na ocasião.

Agora, a Brasilagro tem fluxo de caixa medido pelo Ebitda positivo (R$ 9 milhões), receitas de R$ 156 milhões e lucro bruto de R$ 20 milhões, considerando o ano fiscal de 2012.

A cerimônia desta quinta, dia 8, teve a participação de investidores, executivos da NYSE, controladores, conselheiros e diretores da empresa. Além de inaugurar o setor agrícola brasileiro em Nova York, a Brasilagro é a primeira companhia do país a ser listada na NYSE nos últimos três anos, segundo Piza.

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