– Queremos que todas as mulheres camponesas tenham acesso ao salário-maternidade e à ampliação da licença-maternidade, de quatro para seis meses – afirma.
Sobre a atividade agrícola, Justina ressalta que a busca é por políticas públicas para viabilizar a produção de alimentos saudáveis e com qualidade.
– Esse movimento contribui expressivamente com a produção da alimentação saudável para toda a população brasileira e com os cuidados com a biodiversidade do nosso país.
A agricultora Marilene da Silva, de 37 anos, integrante do Movimento das Mulheres Camponesas, disse que pretende repassar as informações do encontro quando retornar à cidade de Branquinha (AL), onde vive.
– Estou adquirindo mais conhecimento para levar para minhas amigas que ficaram na minha cidade, como o sálario-maternidade. Muitas mulheres que vivem lá não têm esse tipo de conhecimento, e por isso não recebem seus direitos – explica.
Para a presidenta do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Maria Emília Pacheco, a participação de mulheres de vários Estados mostra a capacidade de organização e da luta feminina.
– Nós entendemos que é fundamental garantir e apoiar a capacidade de auto organização das mulheres para elas conseguirem mais autonomia econômica, serem reconhecidas como sujeito de direito. É parte da luta contra a discriminação das mulheres.
Participaram da mesa de debates representantes da Marcha Mundial das Mulheres, da Articulação de Mulheres Brasileiras, do Consea e do Movimento das Mulheres Camponesas.