A unidade funcionará 330 dias por ano, dependendo da disponibilidade de matéria-prima. Para o diretor-presidente da BSBios, Erasmo Carlos Battistella, o investimento resulta em mais competitividade no mercado, além de agregar valor à matéria-prima, o que impulsiona a agricultura familiar e fortalece o setor.
– A unidade agrega valor à matéria-prima, estimula a cadeia produtiva e desenvolve a região. Pretendemos aumentar a competitividade e, ao exportar menos e processar mais, valorizar as riquezas locais. Inicialmente, a unidade processará apenas soja, mas no futuro a intenção é colher os resultados do fomento à produção de canola para também processá-la – afirma o diretor-presidente da BSBios.
Segundo Battistella, na safra atual, a BSBios fomentou e pré-contratou 25 mil hectares de canola e com fortalecimento da Associação Brasileira de Produtores da Canola e diante dos avanços na produção, a expectativa é atingir 100 mil hectares em até seis anos.
– Não buscamos estimular a competição entre soja e canola, mas que elas se complementem e gerem bons resultados – disse.
Para o diretor-presidente da BSBios, o crescimento da empresa beneficia a agricultura familiar e as empresas do Rio Grande do Sul.
– Desde 2005, foram investidos mais de R$ 170 milhões. Hoje, a empresa produz 160 milhões de litros de biodiesel por ano e pré-contrata a produção de matéria-prima com 15 mil famílias. Outro diferencial é a produção sustentável, que inclui, por exemplo, a reutilização de água e um moderno controle para emissão de gases – explica Battistella.
Para ele, a agroenergia é um ciclo sem volta e atualmente o momento é de transição.
– Por meio da Associação de Produtores de Biodiesel do Brasil e da Frente Parlamentar em Defesa do Biodiesel, trabalhamos para a publicação de um novo marco regulatório para o setor, além de ampliar a mistura de biodiesel de 5% para 7% já em 2012 – afirma.