Isso aumentará fortemente a capacidade da Argentina para produzir o biocombustível. No ano passado, a produção total de etanol do país alcançou 122 mil metros cúbicos.
A joint venture, batizada de ProMaiz, ficará localizada em Córdoba, maior província produtora de milho da Argentina. As vendas devem atingir US$ 200 milhões em 2014, e substituirão US$ 117 milhões em importações de gasolina, segundo o ministério.
Com o projeto, a ProMaiz preencherá 30% da cota de etanol do país, que busca uma mistura obrigatória de 5% na gasolina, de acordo com o comunicado. A maior parte do etanol na Argentina é proveniente da cana, mas o potencial de produção de açúcar é limitado.
O país, entretanto, é um grande produtor de milho, perdendo apenas para os Estados Unidos no quesito exportações, e atualmente há cinco outros projetos desenvolvidos para transformar grãos em combustível, informou o governo. Para 2011, a demanda por etanol deve aumentar para 150 mil metros cúbicos, permitindo uma mistura de 2,3%, revelou o ministério.
Embora esteja apenas começando a crescer no setor de etanol, a Argentina já é o principal exportador de biodiesel à base de soja do mundo, com cerca de US$ 1,5 bilhão por ano. Os 12 maiores produtores do biocombustível no país, incluindo exportadores de grãos como a Cargill e a Bunge, desembolsaram quase US$ 1 bilhão para construir usinas e desfrutar do sólido suporte do governo.
Os embarques de biodiesel da Argentina são taxados em 13,5%, bem abaixo da tarifa de 32% imposta à exportação do óleo de soja usado na fabricação do combustível. O governo também determina um preço referencial para garantir vendas lucrativas para o mercado doméstico. A demanda local é assegurada por uma exigência de que o diesel combustível deve conter 7% de biodiesel, com planos de elevar a mistura para 10%, e depois 20%, dentro de quatro anos.