? Medidas comerciais protecionistas têm efeitos de ondulação que são extremamente prejudiciais. Tais iniciativas podem ganhar pontos dentro de casa, mas globalmente criam grandes ameaças à segurança alimentar agora e no longo prazo ? afirmou Hausmann.
O governo russo impôs uma proibição dos embarques de grãos entre 15 de agosto de 2010 e 30 de junho deste ano, após uma severa estiagem ter reduzido a colheita local. A safra doméstica caiu para 60 milhões de toneladas, segundo projeções do Ministério de Agricultura da Rússia, bem abaixo dos 97,1 milhões de toneladas no ano anterior.
? A decisão do governo russo de impor um embargo às exportações de grãos foi um dos principais fatores que contribuíram para alta os preços neste ano. É de algum modo uma política caprichosa ? acrescentou.
Os preços dos grãos subiram para máximas recordes em 2011, motivados pela proibição dos embarques da Rússia e por condições climáticas desfavoráveis ao cultivo das safras em todo o mundo ocidental. O executivo da Bunge afirmou que o setor agrícola internacional deve se voltar para as forças de oferta e demanda que regem o mercado.
Até 2050, a produção mundial de alimentos precisará aumentar 70% para alimentar uma população ainda maior e que vive cada vez mais em áreas urbanas, disse o executivo.
? Na medida que a urbanização aumentar nas próximas décadas, os padrões de consumo alimentar devem certamente mudar e crescer ? completou.