— Ontem tínhamos uma fila de 250 caminhões. Normalmente, 80 deles entram no país por Porto Xavier, e agora, são bem menos os veículos a atravessarem a fronteira — relata Pauli.
Pauli relata que em função da dificuldade de sair da Argentina menos caminhões estão sendo carregados com o produto.
Segundo o empresário do ramo da exportação e transporte internacional Omar Steinbrenner, 80% das cargas de cebola entram no Brasil por Porto Xavier. Produzida no Sul da Argentina, na província de Buenos Aires, a cebola tem como destino os diversos Estados brasileiros neste período de entressafra nacional.
De acordo com o cônsul adjunto da Argentina em Uruguaiana Alejandro Massucco, as filas formadas em San Tomé, na divisa com São Borja, e San Javier, divisa com Porto Xavier, são comuns nessa época do ano.
— O tempo de espera é o necessário para fiscalização da mercadoria e verificação dos documentos — explica.
Inspetor-chefe da Receita Federal em Dionísio Cerqueira Arnaldo Borteze afirma que no período de safra da cebola de fevereiro a junho as filas de caminhões para deixar o país vizinho são comuns, em face do grande número de veículos que precisam ser fiscalizados.
Para Omar Steinbrenner que também é membro da Associação de Transportadores Internacionais, uma fila normal de caminhões nos portos seria de no máximo 60 caminhões.
— Esse número seria para uma segunda, depois de dois dias, sábado e domingo, em que aduana não é aberta. De quarta-feira em diante o normal é não ter fila — comenta.